
A escoliose idiopática é a deformidade estrutural da coluna vertebral mais frequente em crianças e adolescentes. É definida por uma curvatura lateral com magnitude igual ou superior a 10 graus no plano coronal (vista frontal), acompanhada por rotação vertebral.
A causa exata da escoliose idiopática ainda não é totalmente conhecida. No entanto, sabe-se que existe uma forte predisposição genética, podendo afetar diferentes membros da mesma família, tanto em gerações consecutivas como na mesma geração.
Muitas vezes, a escoliose idiopática é descoberta casualmente por familiares, professores ou amigos, devido à assimetria perceptível nas costas ou ombros do paciente. Em alguns casos, pode haver dificuldade para vestir roupas adequadamente, devido à assimetria na cintura.
Fatores de risco para a progressão da curva escoliótica incluem:
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Idade jovem no momento do diagnóstico;
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Pré-menarca (antes da primeira menstruação);
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Curvas com valores angulares elevados desde o diagnóstico inicial;
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Curvas duplas, que apresentam maior risco de progressão;
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Sexo feminino, associado à maior frequência de progressão.
Mesmo após o término do crescimento esquelético, curvas maiores (sobretudo as torácicas acima de 50 graus) podem continuar evoluindo lentamente.
Tratamento:
Durante a fase de crescimento, curvas menores geralmente exigem apenas acompanhamento clínico regular (observação) ou utilização de órteses (coletes). Curvas mais graves, geralmente acima de 40 graus e com potencial significativo de crescimento, podem necessitar de tratamento cirúrgico.
Diferentes tipos de Escoliose
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Escoliose Idiopática: Corresponde a aproximadamente 80% dos casos, sem uma causa claramente definida.
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Escoliose Neuromuscular: Associada a doenças neurológicas e musculares, como paralisia cerebral, degeneração espinocerebelar, poliomielite e distrofias musculares.
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Escoliose Congênita: Resulta de defeitos na formação ou divisão das vértebras, presentes desde o nascimento.
O que fazer em caso de suspeita?
Ao identificar qualquer assimetria ou suspeitar de escoliose, é importante consultar um especialista em coluna vertebral para uma avaliação clínica completa e orientações específicas sobre diagnóstico e tratamento.