A espondilolistese é uma condição caracterizada pelo deslizamento de uma vértebra em relação à vértebra adjacente, o que pode comprometer a estabilidade da coluna e, em alguns casos, provocar compressão de estruturas nervosas.

Existem diferentes tipos de espondilolistese, sendo os mais frequentes:

• Espondilolistese Degenerativa: ocorre principalmente em adultos e idosos, como consequência do desgaste progressivo das articulações facetárias e dos discos intervertebrais, levando à instabilidade vertebral. Embora o deslizamento costume ser discreto, em alguns casos pode haver compressão significativa das raízes nervosas, resultando em dor lombar, ciática e dificuldade para caminhar.

• Espondilolistese Ístmica: ocorre geralmente em indivíduos mais jovens, estando relacionada a um defeito ou fratura por estresse na parte posterior da vértebra, chamada pars interarticularis. Quando essa estrutura apresenta descontinuidade (espondilólise), a vértebra perde suporte e pode deslizar. Essa condição pode ser assintomática ou provocar dor lombar e sintomas irradiados.

A gravidade do deslizamento, a presença de sintomas neurológicos e o impacto na qualidade de vida orientam a escolha do tratamento. Em muitos casos, o manejo conservador com fisioterapia, fortalecimento muscular e controle da dor é suficiente. Entretanto, nos casos mais severos ou com comprometimento neurológico, pode ser necessário o tratamento cirúrgico com estabilização vertebral.

Ao suspeitar de espondilolistese, é fundamental buscar avaliação com um especialista em coluna, que indicará os exames e a conduta mais adequada para o caso.